A Anfavea, em parceria com o Sindipeças e o Boston Consulting Group, produziu um relatório explorando as condições de mercado brasileiras e mundiais para veículos elétricos e híbridos, disponibilizado em agosto. Os números levantados em agosto mostram a necessidade de mudanças estruturais para se adequar a demandas desenhadas principalmente por preocupações ambientais.
Enquanto no mundo a descarbonização por meio da eletrificação dos veículos tem andado a passos mais largos, em especial em Estados Unidos, União Europeia e China, o Brasil tem um cenário de mudança mais lenta. Isso possibilita que montadoras e concessionárias tenham mais tempo para estudar as condições e o panorama e se adequar.
O país deve ter um crescimento primeiro de veículos híbridos no médio prazo, nos próximos 5 a 10 anos. Esse tipo de automóvel melhor atende às necessidades dos clientes e se relaciona melhor com as atuais estruturas brasileiras. Segundo o relatório, esse pode ser um passo de transição importante para que a indústria de elétricos se firme no país.
Até 2035, híbridos e elétricos devem representar 62% das vendas. No entanto, segmentos de veículos variados, a exemplo de ônibus e caminhões, terão transições diferentes quando comparados a autos e leves, por conta de decisões públicas e privadas, a exemplo do compromisso de São Paulo de criar uma frota exclusivamente de ônibus elétricos.